Nos últimos dias, a capital e a região metropolitana de São Paulo têm enfrentado um cenário de intensa instabilidade meteorológica, com chuvas fortes, ventos intensos e apagões que afetaram milhares de moradores. O temporal mais recente, registrado na tarde de sexta-feira (12), levou a cidade a entrar em estado de atenção para alagamentos — o quarto dia consecutivo com essa medida — e provocou quedas de árvores e transtornos no dia a dia das pessoas.
Temporal de sexta-feira (12): chuvas focadas e queda de árvores
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, a instabilidade teve origem em uma frente fria que se formou no interior do estado e avançou para a capital. O radar meteorológico mostrou chuva forte principalmente na zona oeste, Lapa e zona norte (em Perus), enquanto nas zonas leste, sul e sudeste a precipitação foi mais fraca.
O Corpo de Bombeiros recebeu 25 chamados para quedas de árvores na capital e região metropolitana, além de dois para alagamentos e um para desabamento. Nenhuma vítima foi registrada até o momento, mas as ocorrências causaram bloqueios de vias e transtornos no trânsito.
Previsão para os próximos dias: mais instabilidade
O sábado (13) promete manter o tempo chuvoso desde a madrugada, com chuva fraca e céu nublado, mas as áreas de instabilidade devem ganhar força na tarde, causando precipitação moderada a forte na capital, região metropolitana e litoral. As temperaturas devem ficar baixas, com média de 20°C na madrugada e máxima de 26°C.
No domingo (14), a chuva diminui na capital, mas o tempo permanece instável, com pancadas fracas intermitentes. A frente fria vai atuar com maior intensidade entre o litoral norte de São Paulo e o Rio de Janeiro, reforçando as chuvas naquela região e em parte do sul de Minas Gerais.
Apagões recorrentes: desafios na reposição da energia
Embora o temporal de sexta-feira não tenha causado apagões em escala grande, os últimos meses foram marcados por eventos graves de falta de luz associados a chuvas e ventos. Em setembro, um temporal com ventos de até 98,2 km/h deixou 900 mil pessoas sem energia na Grande São Paulo, com impacto em Santo André, São Bernardo e Diadema. A Enel informou que um desligamento em uma subestação foi a causa, e o serviço foi restabelecido para a maioria dos clientes em menos de 24 horas.
Em agosto, um apagão mais extenso atingiu 2,1 milhões de consumidores, com 760 mil ainda sem luz 44 horas após o evento. Os bairros mais afetados foram Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís, além de municípios como Cotia, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra. A situação levou à investigação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre falhas na prestação de serviço pela concessionária.
Medidas de prevenção e resposta das autoridades
Para enfrentar a instabilidade, a prefeitura mantém o sistema de alertas por Cell Broadcast, que envia mensagens diretamente aos celulares em áreas de risco. O CGE monitora constantemente o radar e emite orientações para a população, como evitar áreas arborizadas durante tempestades e se manter longe de cabos partidos.
Na última semana, o governo estadual montou um gabinete de crise no CGE para coordenar ações em caso de emergências, reunindo representantes da Defesa Civil, saúde, Corpo de Bombeiros e empresas de energia. A Enel garantiu o reforço de equipes em campo e disponibilizou geradores para serviços essenciais, como hospitais.
Gostaria de saber mais sobre as orientações de segurança para a população durante tempestades e apagões?
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